segunda-feira, dezembro 13, 2004
Cum Catano!
E como tal, um nome se destacou no Japão (nome, porque jogadores colombianos nem vê-los): CATANO.
Nem mais. Qualquer nome deste altíssimo teor cromífluo merece ser amplamente destacado, e se dependesse de nós, o defesa CATANO estaria nesta altura a guiar um Toyota Prius pelas autoestradas esburacadas (qual defesa da Águia - "Olá, Argel.") da Colômbia.
o que seria do mundo da bola sem registos fotograficos?
Poll está morta. Viva a POLL.
Votem de acordo com a vossa consciência de anos e anos de cruzamentos para a bancada e laterais adaptados. Como pequena muleta (saudações, Mantorras!) pusemos comentários relativos a cada génio esquerdino na própria Poll.
Bem hajam.
Poll Defesa Direito
- Pois bem, não houve surpresas. João "Broas" Pinto, esse mito omnipresente da bíblia lusa da bacorada, arrecadou o 1º posto. É portanto o escolhido para integrar o nosso mítico 11 nesta posição de referência.
- Abel Xavier, quiçá o jogador português mais gozado de sempre no estrangeiro, ficou-se pelo 2º posto. Concerteza seria o 1º relativamente a cortes de cabelo e alcunhas.
- Um SENHOR. Um MITO. Uma REFERÊNCIA. Carlos Secretário. Aquém das expectativas, qual repetição de Madrid, Porto, Braga, Famalicão, Maia, etc...
Por falar em Porto campeão Mundial...
Meados do princípio de 1990 (para um sportinguista, saber o ano já não é nada mau...), estádio da luz, segunda-mão das meias-finais onde o resultado da primeira-mão favorecia os franceses: 2-1, golos de Papin (2) e Lima para o Benfica, no Velôdrome. Na segunda-mão, ambiente escaldante como pouco se vê hoje em dia (bancadas cheias na luz...) num jogo em que só era preciso marcar 1 e não sofrer nenhum para passar à final. Marselha - com Jean-Pierre Papin, Chris Waddle, Francescoli e Mozer - e Benfica - Bento, Diamantino, Carlos Manuel, Magnusson, Valdo, Lima, Rui Águas, Veloso... e Vata, entre outros - vão aguentando o 0-0 até que, vindo do banco (alguns dizem do céu mesmo) apareceu o golo salvador. Num canto marcado por Valdo, Magnusson dá um toque leve na bola e aparece Vata a empurrar a bola com a mão. Explosão de alegria nas hostes benfiquistas, furor no país (dos, na altura, 8 milhões) e Benfica na final.
Ora, o que importa ressalvar no meio disto tudo é que o Veloso levou um amarelo a meio do jogo que o impediu DE IR Á FINAL!!! Meus amigos, como é que esperavam ver o Benfica ganhar (já agora, o Milão ganhou 1-0, golo de Rijkaard) com o Capitão de fora?? Já não se fazem Capitães daqueles, homens de barba rija, peito inchado, voz de comando na linha defensiva... pera aí, o Veloso não é nada disso... seja: com bigode, 1m65, 60 kilos e voz tão baixa e tão calma que quase nem era preciso falar... só o olhar dizia tudo. Já não se fazem heróis assim; o típico português, aquele que não nos invadia os televisores, não nos massacrava dia-sim dia-sim com os seus conhecimentos aprofudados, introspectivos e filosóficos de um Pedro Barbosa, com as lágrimas de um Bilro desempregado ou os remates - a fazer lembrar Isaias... mas pelo lado mau - de um Barroso: PORRA! Quero o meu típico tuga de volta, o homem sem voz de comando, 15 anos de braçadeira de capitão a escorregar pelo braço escanzelado de um barrigudo de 1m60 com 60 quilos... de cerveja no estômago e uns tremoços nos bigodes. Tá na altura de começar a ver os jogos das distritais tou a ver...
domingo, dezembro 12, 2004
O Cromo Planetário
Em 1987, aquando do duelo aguerrido nos pântanos japoneses, sobressaiu uma figura: O guarda-redes do Beira-Mar uruguaio (Peñarol), Pereira.
Mas que nome tão simples para uma figura tão pitoresca. Bem dentro do espírito dos loucos 80's, Pereira adoptou o look mongol, tão em voga entre os colegas sul-americanos.
Apenas uma homenagem aos cromos da bola, á bola lusa, aos azuis da Invicta e a Gengis Khan, porque não?
o que seria do mundo da bola sem registos fotograficos?
segunda-feira, dezembro 06, 2004
sexta-feira, dezembro 03, 2004
Sem Embandeirar em Arco
Só o pronunciar deste nome deleita qualquer amante da Bola a níveis Pedro Martinescos ou Washington Rodriguescos. Este Senhor do Esférico é um porta-bandeira (não podia deixar escapar esta piadinha) de uma geração de jogadores. Até mais do que isso, faz bandeira de ser parte integrante de um subgrupo dentro da supracitada geração de 80. O subgrupo dos broncos. Esta geração conheceu o seu ocaso já dentro da primeira metade da década de 90, mas foi graciosamente rendida por linces do relvado como Petit, Formoso ou o pé-canhão arsenalista Barroso.
Sempre discreto, sem precisar de agitar bandeiras para se fazer notar, o nosso Nando é também parte importante de um outro grupo que se distinguiu em inícios da década de 90: Os carecas das Antas. Ao lado de esteios inefáveis como Jaime Magalhães, André e Semedo, fazia crer aos adeptos da equipa da Invicta que estariam antes a presenciar um jogo de Bilhar, tal a quantidade de carecas reluzentes que deslizavam pelo rectângulo.
Nando acabaria a sua carreira em meados dessa mesma década jogando ao lado de craques como Lino, Matias, Vítor Nóvoa ou Bino. Um honroso final para uma honrosa carreira, sem embandeirar em arco.
o que seria do mundo da bola sem registos fotograficos?
quarta-feira, dezembro 01, 2004
Um Diamante de Bigode
O Desportivo de Chaves, um clássico da nossa bola, foi durante variados e extensos anos, um autêntico viveiro de cromos. Cromos estes que levaram o clube a extrapolar as fronteiras não só trasmontanas, mas também nacionais.
No insequecível derby europeu com o colosso de Leste Universidade de Craiova pontificava um jogador que simbolizava esta equipa que espalhou o seu futebol-magia e bigodes pelo velho Continente fora. Diamantino era o homem. O típico carregador de piano (expressão tão brava da bola lusitana), que através da sua raça, genica e bigode levava a equipa para a frente.
Porém, não estava sozinho nesta sua demanda pelas cores do Barça de Trás-os-Montes, pois era secundado pelos míticos Cromos Padrão na baliza e Spassov e Vermelhinho lá na frente, onde os rapazes se fazem homens. E particularmente o nosso Diamantino era uma espécie de Avô Cantigas, que punha os discípulos sob suas asas e bigode e os transformava em machos jogadores da bola. Facto esse que se pode facilmente constatar pelas protuberâncias pilosas supra-labiais de Vermelhinho e Spassov.
Esta geração viria, anos mais tarde, a ser rendida com classe pela geração de 90, na qual os míticos Baston, Putnik e Cuc passeavam a sua inegável frescura física e toque de bola sedoso pelos tapetes. Mas bigode como o de este diamante trasmontano nunca regressou. Porque pensam que o clube vagueia pelos corredores escuros e húmidos da II Liga?...
o que seria do mundo da bola sem registos fotograficos?